O Colectivos de artistas plásticos angolanos, denominado “Verkron”, expressam nas pinturas, os seus posicionamentos críticos das frases de António Agostinho Neto, “um só povo, uma só nação”, denunciando ainda, as violências históricas dos projectos nacionais de matriz colonial, já amplamente reconhecidas, e determinando por elaborar imagens poéticas e curativas.
O grupo vai expor hoje, 26 de setembro, as 19 horas, numa unidade hoteleira da cidade de Luanda, transformando o espaço da Jahmek Contemporary Art numa floresta monumental, onde cenas evocativas de um universo mítico se desdobram.
Os fragmentos narrativos se manifestam nas pinturas, estendendo a floresta que vai cobrir toda a galeria, funcionando como portais que revelam um universo mágico, que na qual, a água desempenha um papel central.
Por outro lado, as obras do colectivo Verkron, buscam reconectar o espectador com forças ancestrais, oferecendo uma janela para a imaginação, que se torna fundamental para a criação de futuros mais amplos e interessantes.
Por outra, o título da exposição compõe duas palavras: YIJI, que significa “rios”, e ZAD, uma sigla para “zonas a defender” a sua essência, proposendo uma leitura alegórica da fluidez dos rios como contraponto às políticas baseadas na imposição de fronteiras rígidas, sugerindo uma abordagem mais complexa das relações entre povos e territórios.
No entanto, trata-se da segunda exibição solo do coletivo que se estreou em 2018.
A ilustração, vai continuar aberta ao público até o dia 24 de novembro de 2024.
De recordar que, o Colectivo Verkron é um grupo de artistas plásticos angolanos que se dedicam à arte urbana e que tem produzido muitos dos murais mais emblemáticos que dão um novo colorido à cidade de Luanda.
