O presidente em exercício da SADC realçou o momento de crise humanitária que a região atravessa, em consequência do fenómeno El Niño, que tem afetado de forma negativa as vidas e os meios de subsistência de mais de 61 milhões de cidadãos.
João Lourenço lembrou que a região está a ser confrontada por uma seca, por “cheias repentinas e deslizamentos de terra decorrentes quer de chuvas fortes precipitadas pelos ciclones tropicais Gamane e Filipo, que devastaram Madagáscar, quer do ciclone tropical Belal, que passou à tangente pelas Maurícias em janeiro, provocando chuvas torrenciais e ventos fortes, que causaram inundações e resultaram na perda de vidas humanas, no deslocamento de populações e em danos a infraestruturas e ao património”.
Destacou que os ciclones tropicais tiveram impactos em cadeia no reino de Esuatini, no Maláui, em Moçambique e na Tanzânia, onde as chuvas fortes causaram inundações repentinas, que deram origem a deslocações de populações e a danos a infraestruturas e ao património.
Em causa estão “programas como transferências de dinheiro, auxílio alimentar e fornecimento de outros artigos de auxílio”, referiu, salientando que a gravidade da seca e dos ciclones tropicais associados “exercem pressão imensa sobre a capacidade de resposta da maioria dos Estados-membros afetados”.
O apelo regional da SADC visa complementar os esforços feitos pelos Estados-membros da região, abrangendo todos os setores relevantes da economia da região, essencialmente dando resposta às necessidades humanitárias imediatas, bem como às necessidades de desenvolvimento e de reforço da capacidade de resistência a longo prazo