Angola pode vir enfrentar maior risco de refinanciamento neste ano de 2024, indica o documento em que jornal de Angola teve acesso, dando ainda a possibilidade de o Tesouro vir a enfrentar custos mais elevados para obter financiamentos, na medida em que a dívida especificamente de curto prazo está a vencer.
Este risco está sensivelmente relacionado com o perfil de vencimento da Dívida Pública, lê-se.
O documento realça ainda que, à dívida interna, a maturidade média da carteira é de aproximadamente três anos. Contudo, em termos de maturidade contratual, este número ascende para seis anos, ao passo que a dívida externa tem uma maturidade média residual da carteira de quase nove anos.
Por outro lado, o Plano Anual de Endividamento de 2024 apresenta factores que comprometem a consecução, com destaque para o considerável comprometimento das receitas fiscais ao pagamento do Serviço da Dívida Governamental, dificuldade de captação de recursos devido à concorrência com os títulos emitidos pelo Banco Central.
por outra, a limitação da base de investidores, aumento das taxas de juros nos mercados internacionais, dificuldade em obter novos financiamentos, devido à exposição ao risco do país, completam a lista.
No entanto, o Executivo reconhece que o Plano de Endividamento de 2024 assenta num volume desafiante de captação de dívida interna, considerando o nível de liquidez e a base de investidores limitada no mercado de Títulos, que representa a maior fatia do financiamento interno, comparando a previsão de receitas face aos serviços da dívida, existe uma forte preocupação no que se refere ao risco de liquidez.