A província de Luanda passa a contar, neste segundo trimestre do ano lectivo 2023/2024, com mais 855 professores do ensino primário e secundário, admitidos no concurso público externo realizado no mês de Novembro do ano findo, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, a presidente da comissão de júri encarregada de preparar e organizar o evento.
Philomene Carlos falava na sede do Governo Provincial de Luanda (GPL), depois de ter apresentado os resultados finais dos concorrentes admitidos no concurso público externo para docentes.
Com a admissão destes 855 docentes, informou a presidente da comissão de júri, a província passa a contar com 34.556 professores.
Philomene Carlos reconheceu que, apesar da admissão de novos docentes, o número de professores é, ainda, insuficiente para Luanda, que necessita de mais 4.262.
“Os 855 professores admitidos no concurso público não são suficientes para a cobertura das necessidades a nível da província de Luanda, mas temos de ter em conta a disponibilidade financeira”, esclareceu a responsável da comissão de júri.
Os concorrentes apurados, garantiu, entram imediatamente em funções, depois de completarem os processos individuais e assinarem os contratos, títulos e despachos de provimento pelo Ministério da Educação (MED).
“A colocação dos candidatos admitidos será imediata, devido à carência de professores na província de Luanda”, disse a também directora do Gabinete Provincial da Educação.
Durante a conferência de imprensa, Philomene Carlos deu a conhecer que a última fase do concurso público começa na segunda-feira, na Escola Mutu-ya-Kevela, com a entrega dos processos individuais dos candidatos apurados. O concurso público iniciou no mês de Setembro, com as inscrições dos candidatos e encerrou a 17 de Outubro. Os testes escritos realizaram-se no dia 10 de Novembro.
A disponibilidade de vagas para a realização do concurso público de ingresso externo no regime especial do sector da Educação, esclareceu Philomene Carlos, é resultante do fundo salarial do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE) para professores do ensino primário e secundário.
As etapas do concurso público, disse, foram claras, justas, com maior credibilidade para os candidatos e para a comissão de júri encarregada para organizar e realizar o certame.
“Em Luanda, tivemos um processo transparente, com grande credibilidade e redução de gastos logísticos e de pessoas envolvidas”, sublinhou, acrescentando que será este o caminho a seguir para os próximos concursos no sector da Educação.
Para o concurso público da província de Luanda, as inscrições foram efectuadas online e as correcções dos testes escritos realizaram-se electronicamente.
A presidente da comissão de júri informou que das 3.855 reclamações apresentadas pelos candidatos apenas 37 foram validadas pela plataforma digital do concurso público.
“Precisamos melhorar algumas coisas, mas reconhecemos que foi a primeira experiência. A correcção electrónica permitiu que os resultados fossem justos. É o caminho a seguir para melhorar os concursos públicos”, declarou à imprensa.
O concurso público, explicou, contou com 47.627 candidaturas, das quais 25.074 validadas para os testes escritos e apenas 19.906 passaram para a fase seguinte, que permitiu apurar 5.525 e no final 855.