Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Angola, Gherda Barreto, defendeu hoje, em Luanda, a necessidade de o país reforçar a rede de laboratórios e a multiplicação das sementes, para elevar a produtividade agrícola, avança Angop.
Falando à imprensa, no acto de cumprimentos de despedida ao ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, a representante da FAO, sublinhou que ser necessário trabalhar com a academia e investigadores, os são melhores parceiros para a produção agrícola.
Gherda Barreto reforçou que o Plano de Desenvolvimento Nacional – PDN traz muitas medidas positivas a serem implementadas, sendo importante fazer um balanço daquele investimento em infra-estruturas, em grande escala, capital humano e o potencial que o país tem na transformação de pequena escala.
Reforçou ser necessário mais crédito para as micro e pequenas empresas ligadas ao agro-processamento, bem como para as mulheres rurais, que representam mais de 60% da força laboral da agricultura.
A responsável destacou o trabalho de consolidação da FAO, com o Governo de Angola, nos últimos cinco anos, procurando contribuir para erradicar a fome, prestar assistência técnica na segurança alimentar e nutricional.
Realçou que a FAO aprecia a dinamização e a liderança do Ministério da Agricultura, colocando a agricultura no centro da diversificação económica do país e reforçar os programas das escolas de campo.
“Tivemos a oportunidade de acompanhar o Governo para fortalecer o seu programa das escolas de campo.Temos visto como tem crescido. Quando cheguei, estivemos a acompanhar três províncias, com o Musap e o Governo tomou a decisão política de expandir as escolas de campo nas 18 províncias do país”, disse.
Lembrou que nestes cinco anos a FAO acompanhou o primeiro senso nacional de agropecuária de Angola independente, que apresenta resultados de que a agricultura familiar alimenta maioritariamente Angola, com mais de 12 milhões de camponeses.
Já o ministro da agricultura e Florestas, António Assis, destacou o empenho da representante da FAO, durante cinco anos, tendo estabelecido com o Ministério da Agriculta actividades que foram reportadas como muito produtiva para o desenvolvimento do sector no país.