Os combates no leste da República Democrática do Congo (RDC) provocaram a deslocação de milhares de pessoas e novos protestos. Muitos congoleses consideram que a culpa pela violência é da ONU e das potências ocidentais.
Piora a cada dia que passa a situação militar no leste da RDC, onde as forças governamentais travam intensos combates com os rebeldes do M23.
A cidade de Sake, com cerca de 50 mil habitantes, a 20 quilómetros de Goma, a capital da província do Kivu do Norte é o palco dos combates.
Desde segunda-feira (12.02), os rebeldes do M23 têm tentado tomar o controlo da cidade, mas o exército congolês, ajudado pela milícia de autodefesa Wazalendo, procura bloquear o avanço dos rebeldes, como testemunhou à DW William Habamungu, um ativista da sociedade civil.
“Neste momento, o inimigo avançou muito desde as suas posições em Karuba até à cidade de Sake. Estão agora em Rutobogo e perto dos postes de telecomunicações. Há balas a voar por todo o lado, mas o nosso Wazalendo e alguns soldados das FARDC ainda estão na cidade”, relata.
Uma bomba, atribuída aos rebeldes do M23 pelas autoridades congolesas, explodiu num campo de deslocados perto de Sake, nesta segunda-feira (12.02). Matou três pessoas e feriu outras 15.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o incidente, que classificou como uma violação do direito humanitário.
Várias pessoas estão abandonar as suas casas em busca de locais seguros na cidade de Goma.
O ministro congolês da Defesa, Jean-Pierre Bemba confirma a deterioração da situação em Sake, declarando que “tudo está a ser feito pelas nossas forças armadas para garantir que Sake e Goma sejam protegidas e que todos os territórios pertencentes à RDC – Rutshuru e Masisi – possam ser libertados.”